Trump ameaça cancelar green cards de estrangeiros de 19 países

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11/27/2025

O que está acontecendo: a ação de Trump sobre green cards

  • Em 27 de novembro de 2025, o governo dos Estados Unidos, por ordem de Trump, determinou uma reavaliação em massa de todos os green cards emitidos para cidadãos de 19 países considerados “de atenção especial”.

  • A decisão foi anunciada pelo diretor do USCIS (Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA), Joseph Edlow, via rede social — segundo ele, a medida visa garantir que “nenhum estrangeiro de países de preocupação represente risco à segurança nacional”.

  • A lista de 19 países inclui: Afeganistão, Birmânia, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Mianmar, Somália, Sudão, Iêmen, Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela.

  • A justificativa do governo refere-se a uma ofensiva mais ampla contra a imigração — acelerada recentemente após um ataque a tiros contra membros da Guarda Nacional perto da Casa Branca, atribuído a um imigrante do Afeganistão, o que serviu de gatilho para intensificação das medidas.

Por que isso está sendo feito — argumentos do governo

Segundo autoridades da administração Trump:

  • A reavaliação visa reforçar a “segurança nacional” após incidentes recentes de violência, que, segundo o governo, evidenciam falhas no sistema de imigração e de verificação de antecedentes.

  • A ideia é revisar em profundidade os green cards concedidos a pessoas de países considerados de “alto risco”, para assegurar que os titulares atendam critérios de segurança, cooperação de dados e histórico migratório.

O que pode mudar para quem tem green card desses países

Embora o governo afirme que se trata de uma “revisão”, as consequências podem incluir:

  • Cancelamento de green cards — ou seja, perda do status de residência permanente.

  • Maior fiscalização de antecedentes, sendo reavaliados vistos e permissões de residência.

  • Insegurança jurídica para famílias com membros desses green cards — risco de deportação, interrupção de residência legal ou proibição de retorno aos EUA.

Quem é afetado

  • Estrangeiros com green card oriundos dos 19 países listados. Gazeta do Povo+1

  • Famílias, filhos e dependentes desses residentes permanentes, que podem ter o status migratório comprometido.

  • Comunidades de imigrantes desses países já instaladas nos EUA, que agora enfrentam incerteza sobre sua permanência.

🧑‍⚖️ Críticas e preocupações

A medida tem gerado forte rejeição de organizações de defesa dos direitos humanos e de imigração, por motivos como:

  • Discriminação por nacionalidade — a política penaliza pessoas com base no país de origem, não em condutas individuais. Isso fere princípios de justiça migratória segundo críticos.

  • Impacto humanitário — ameaça de desestabilização de famílias, risco à segurança de imigrantes legalizados há anos, inclusive pessoas integradas à sociedade americana.

  • Insegurança e medo — imigrantes vivem sob incerteza permanente, o que pode afetar emprego, estudo, estabilidade, planejamento familiar e integridade emocional.

  • Repercussão internacional e reputacional — a política afasta talentos, prejudica a imagem dos EUA no exterior e compromete a confiança de comunidades migrantes.

O que já se sabe — e o que ainda está em aberto

Já confirmado:

  • Ordem de reavaliação de todos os green cards de estrangeiros dos 19 países. A medida foi anunciada por autoridades de imigração e refere-se a imigrantes já residentes legais.

Ainda incerto/sem definição clara:

  • Quantos green cards serão realmente cancelados — se a revisão resultará em deportações ou apenas revalidações.

  • Critérios exatos de “risco” ou “ameaça” que determinarão o cancelamento.

  • Prazos para notificação ou recursos para os afetados.

Por que isso importa para o mundo — e para migrantes

Essa iniciativa representa uma escalada dramática na política de imigração dos EUA. Quem busca morar legalmente no país — por refúgio, estudo, trabalho ou reagrupamento familiar — enfrenta agora um ambiente de incerteza sem precedentes.

Além disso, pode servir de precedência para outras medidas restritivas, complicando ainda mais a mobilidade global, o asilo e o direito à residência em outro país.

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